quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Cachorrinho qualquer

O cachorro magrelo
Chacoalhou os ossos e as pulgas
Seguiu o cheiro de carne
Que deslizava até o focinho

Parou numa rua em que
o pó só baixava
quando a chuva enlameava

Entrou numa casa sem portão
Um menino da cor do carvão
Jogou um ossão gordão

O cachorro deitou para comer
e suspirou:
- Êta vida besta, meu deus

Nenhum comentário: